DEUS EXISTE?

A questão está no coração daqueles que não creem; mas, por vezes, até os que se dizem “crentes” não creem em espírito e em verdade; seus corações estão longes de Deus e suas mentes estão carregadas de dúvidas. São muitos os que se apostataram da fé justamente por não crerem, de fato, na existência de Deus. A ovelha que se desgarra do rebanho nem sempre o faz por mera rebeldia, mas, sim, por sentir que já não faz parte daquele grupo após ouvir e procurar as doutrinas do mundo.

Afinal, Deus existe? É possível provar a existência de Deus? É, ao menos, plausível crer em Deus?


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A(s) resposta(s) pode(m) exigir o entendimento de vários pontos. Partimos, assim, de mais uma questão: Quem é Deus? O que sabemos a respeito Dele pelas revelações que Ele mesmo nos trouxe?

No princípio criou Deus os céus e a Terra (Gênesis 1:1). No princípio era o Verbo, e o Verbo era Deus, e todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez (João 1:1-3). Deus, portanto, é o criador do tempo (“no princípio), do espaço (“criou Deus os céus”) e da matéria (“e a Terra”). Por meio Dele tudo se fez, sem Ele nada existia.

Se o nada não pode produzir nada, como o tudo veio a existir? A teoria científica mais aceita é de que a existência do universo derivou da expansão abrupta de um ponto único, extremamente quente e denso, como uma explosão “não destrutiva” – o Big Bang. A partir desta expansão, as partículas contidas naquele ponto se espalharam, criando espaço, estrelas, planetas, galáxias; e, em algum momento deste caos “explosivo”, o planeta Terra veio a existir.

Essa teoria, no entanto, levanta questões não explicadas. O que poderia haver naquele ponto único capaz de criar tudo o que existe hoje? E como este ponto veio a existir? Como, desta expansão abrupta e caótica, o universo foi ordenado? Finalmente: como comprovar essa teoria que, até o momento, não passou de simulações matemáticas?

Quanto à vida na Terra, formulou-se a teoria de que tudo teria se originado de um “caldo” ou uma “sopa” extremamente quente, composto basicamente de metano, amônia e água, que se desdobrou em átomos de carbono, nitrogênio e oxigênio (essenciais para a vida). De alguma forma, em condições e ações químicas muito favoráveis e coincidentes, estes átomos teriam se ordenado para criar o primeiro ser vivo, que, com o passar de milhões de anos, teria originado todos os outros seres.

Essa teoria (nunca comprovada) não responde a complexidade da vida. Não explica como um ser vivo minimamente funcional, como um simples vírus, pode possuir material genético, capacidade evolutiva e, até mesmo, um certo “instinto de sobrevivência”. E, por óbvio, não explica a natureza com toda a sua exuberância, os complexos organismos vivos, e jamais explicará a humanidade.

Da observação do universo e, especialmente, da própria vida que há na Terra surgiu a teoria do Ajuste Fino do Universo, por meio do qual se constata que as constantes físicas fundamentais do universo (como a força gravitacional, a energia nuclear, a massa das partículas elementares etc.) e as condições iniciais parecem estar finamente ajustadas para que a vida seja possível. Qualquer mínima alteração nestes parâmetros (ex: força gravitacional maior ou menor, inexistência de carbono, mudança na massa das partículas) resultaria um universo totalmente inabitável.

No caso do planeta Terra, até mesmo uma pequena mudança na distância do Sol tornaria a vida impossível. E certas formas de vida são tão complexas (como o ser humano) e dependentes de tantas nuances para permanecerem vivas (como o funcionamento de diversos sistemas diferentes – digestivo, respiratório, nervoso etc.), que admitir uma origem tão desordenada – como da teoria da “sopa primordial” – é praticamente inviável e exige um “salto de fé” muito maior do que a crença em um Deus criador.

Como conciliar o “caos” tão presente nas teorias do Big Bang e da “sopa primordial” com o ajuste fino do universo? Teorias foram formuladas (como a do multiverso), mas estão tão longes de serem comprovadas que beiram à fantasia.

Cremos, portanto, que o universo e a vida foram criados por um Deus único. Um Deus que não se limita ao tempo, ao espaço e à matéria – pois, afinal, foi Ele mesmo quem criou todas essas coisas. Um Deus de sabedoria tal que anteviu todas as possibilidades de erros em sua criação e, de antemão, solucionou todos os problemas antes que viessem a existir, trazendo a vida com toda a sua complexidade e toda a sua beleza.

Sim, pois não basta existir vida! Em diversos aspectos, a vida se apresenta extremamente bela. A exuberância de uma paisagem natural, com sua flora e fauna multicolorida é extremamente factível na “teoria criacionista”. Alguém ou algo, detentor de uma inteligência ímpar, não se “contentou” em, tão somente, criar vida, mas imprimiu em muitas espécies uma beleza quase arrebatadora. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom (Gênesis 1:31).

Ainda que uma vida pudesse se originar do caos e dependendo de fatores extremamente favoráveis e improváveis apenas para vir a existir, a “lógica” é de que se apresentaria em aspectos e características minimamente funcionais. O corpo e a mente desta vida se resumiriam àquilo que fosse suficiente para existir – como ocorre com muitos microorganismos. Por mais que, eventualmente, estes organismos evoluíssem para espécies mais complexas, a beleza jamais faria sentido. Na verdade, certos aspectos da beleza parecem não possuir qualquer sentido ou motivo, do ponto de vista “evolutivo”.

Por que, então, a beleza existe? E por que nos fascina tanto? Será que o Criador não teve um propósito nisso? Talvez, para falar conosco através de Sua criação? Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol (Salmos 19:1-4).

E o que dizer da intuição moral inerente a todo ser humano? Por que simplesmente “sabemos” que certas ações são corretas e, outras, são erradas, ainda que não sejamos ensinados disso? Ainda que o mal exista no coração dos homens, todos temos um certo “limite moral”. Como isso é possível?

No evolucionismo, a regra do mais forte se sobressaindo sobre o mais fraco é essencial para a seleção natural das espécies. O ser humano que é fraco, que é doente, que é de uma “raça inferior” não deveria continuar vivo, pois, além de não parecer útil para a sociedade, representa perigo em caso de reprodução.

Mas, independentemente das condições geográficas e culturais, praticamente todo ser humano (até mesmo aqueles capazes de realizar maldades indizíveis) possui limites morais. O que o homicida, o político corrupto, o ladrão, o predador sexual, o traficante e tantos outros criminosos fazem é “justificar”, constantemente, suas ações para “abafar” seus sentimentos de culpa e de vergonha, até o ponto de negarem sua própria "humanidade". Dizem para si mesmos: faço para sobreviver, ou faço por que a vítima mereceu, ou faço, pois sou produto do meio em que viviEssas autojustificações, aliadas à prática constante da maldade, fazem relativizar aqueles limites morais até o ponto de serem relegados; mas eles nunca deixam de existir na mente destas pessoas.

Claro que há exceções quanto às pessoas portadoras de certas patologias que, em razão delas, não conhecem limite moral algum (como ocorre com os psicopatas). No entanto, estima-se que, no máximo, 2% da população mundial apresente algum grau de psicopatia (e a maioria destas pessoas nunca chegaram a cometer qualquer ato de violência). Não se pode negar que as "pessoas más" possuam, sim, limites morais, apenas por existir uma parcela tão pequena de pessoas que não tenham estes limites.

Quem nos ensinou do bem e do mal? Em Romanos 2:14-15, lemos que os gentios, mesmo sem conhecerem a lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, pois a lei está escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos.


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Nada do que foi exposto prova, de fato, a existência de Deus. Essa prova material, realizada empiricamente, não é possível e a ciência jamais provará a existência de um Deus que está além do tempo, do espaço e da matéria. Pode-se provar a existência e a vida de Jesus Cristo; pode-se encontrar alguma explicação plausível para certos milagres ocorridos ao longo da história; mas, como em 1 João 4:12, ninguém jamais viu a Deus. Se não viram, como provarão?

Mas a criação tão finamente ajustada, a complexidade da vida, a beleza, os limites morais inerentes ao ser humano e a obra de um único homem, Jesus Cristo, que nos ensinou o caminho, a verdade e a vida, conferem extrema plausibilidade à nossa fé neste Deus todo poderoso. Vale dizer: são muitos argumentos que tornam racional a nossa fé.

É seu direito duvidar de que tudo ao seu redor (inclusive você mesmo) seja criação de Deus e abraçar as teorias científicas que lhe pareçam mais críveis e mais inteligentes. Mas se há em sua mente e em seu coração ânsia pela verdade e pela espiritualidade, convido-lhe a “se abrir” para a possibilidade de que Deus existe e a buscá-Lo. Onde você estiver, e seja o que for que esteja fazendo, Ele te chama a experimentar o caminho, a verdade e a vida!


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